Sorteio de Noivas
Uma feira muito bem organizada, com muita coisa para ver, mas que era, julgava eu, destinada a um público muito específico: casais que estão a planear os seu dia de casamento.
Qual não é o meu espanto quando, à entrada do recinto, deparo com uma iniciativa que julgo que teve como objectivo alargar o leque de potenciais interessados na feira.
A feira podia ser visitada por homens solteiros sem problema de se sentirem desenquadrados, porque a organização tinha anunciado um “Sorteio de Noivas”.

Uma coisa que me ficou a coçar a cabeça por dentro é que, sendo sorteada a noiva, um tipo fica sujeito ao que lhe derem, e da forma que as empresas de brindes publicitários e merchandising andam a apostar em material vindo da China, é perfeitamente possível que as noivas envolvidas neste sorteio fossem asiáticas.
Vergonha alheia
Normalmente são situações que implicam alguma continuidade e que nos levam a pensar que era melhor para essa pessoa acabar com aquela acção assim que possível e até ansiar que o faça rapidamente.
Ficamos quase embaraçados por estar a assistir a uma cena dessas.
Ao mesmo tempo, este tipo de situações são quase hipnóticas e a tendência é ficar a observar, incrédulos, o desenrolar da situação, indagando continuadamente como é possível que essa pessoa se exponha a tal ridículo.
Com a continuação do absurdo começamos a achar as coisas risíveis e rapidamente essa vergonha alheia é transformada num pequeno pedaço de humor.
Os Ídolos são talvez o exemplo mais mediático deste tipo de personagens.
Os vídeos abaixo são de um “artista” que não fica nada atrás do pior dos cromos desse programa.
No primeiro vídeo tenta cantar uma canção fazendo simultaneamente um impressionante beatbox humano, e no segundo faz uma tentativa de cantar cinco oitavas seguindo o som das teclas de um piano.
Inacreditável!
Autárquicas e imobiliárias

Red Bull Air Race afasta fanáticos religiosos
Isto não será à toa, seguramente, porque o objectivo é passar no meio de duas torres sem lhes tocar e não se ganha pontos por fazer um “desvio” para a multidão e gritar “Allahu Akbar!“, descendo vertiginosamente contra ela.
O prémio final não passa por ter 70 virgens à espera deles, e esse é um factor desmotivador para qualquer fundamentalista islâmico que se preze, que não competirá por menos que isso.
A organização tem que cortar em alguns custos e então, modestamente, só pode dispor de três meninas da Red Bull a acompanhar os pilotos no pódio… e não consta que fiquem com eles para todo o sempre.
Além disso, não estão coladas ao frigorífico e por isso presumo que já não têm hímen.
Vamos pensar positivo e assumir que vamos poder continuar a ver este evento anualmente, descansadinhos e sem nenhum acidente, com pilotos religiosamente moderados, porque o espectáculo é espantoso.
Compradores insistentes
Acho natural que as pessoas se queiram certificar de que ouviram correctamente, e até que exprimam a sua imensa vontade em obter o produto que desejam, mas para quem atende o público não pode haver nada mais irritante do que um comprador que entra num diálogo deste género:
– Bom dia!
– Bom dia. Queria um cabritinho para duas pessoas por favor.
– Cabrito já não temos. Sugiro a vitela que está a sair quentinha.
– Já não tem cabrito?
– Não. Foi um dia com bastante procura e o cabrito acabou há uma hora mais ou menos.
– Não tem só um bocadinho? É que eu gosto muito e vim cá de propósito por isso.
– Compreendo e peço desculpa, mas não temos mesmo. No forno a lenha, neste momento já só temos frango e vitela, mas se preferir outros pratos poderá consultar qualquer um da lista.
– Sabe que eu já venho aqui há muitos anos, até já estive aqui uma vez com o dono e tudo… adoro o vosso cabrito.
– Pois, de facto é muito bom, mas infelizmente já não temos mais hoje.
– Não consegue falar com o patrão a ver se se consegue só meia dose ou assim? Diga-lhe que é para mim que ele conhece-me. Estive cá o ano passado…
– Não vai ser possível, é que já acabou há algum tempo. Para nós era muito bom se ainda tivéssemos, mas não vai ser possível…
– Faça-me um favor e pergunte na cozinha se não sobrou um bocadinho só… eu nem estou com muita fome e queria muito comer cabrito.
[O empregado vai e volta com mais informação]
– Lamento mas não há mesmo nem mais um bocadinho de cabrito e infelizmente a vitela também já acabou.
– Oh! Não se arranja nem um bocadinho de vitela?