Ninho no Facebook
A primeira prenda de Natal deste Dezembro foi para o Ninho, que recebeu hoje uma ampliação dos seus aposentos, no livrinho onde as caras se espreitam umas às outras.
É a emancipação do Ninho, que ganha carantonha própria e deixa de se esconder por trás do careto do seu apassaralhado criador, o que só lhe pode favorecer a imagem.
Assim ganha privacidade e pode receber outras pessoas, e isso é coisa que faz falta a partir dos quatrocentos posts, que é considerada a idade adulta de um blogue, como se sabe.
Que tenha juízinho e faça tudo com protecção, é só o que eu lhe posso aconselhar.
Gosto disto!
Espero que vocês também.
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No último fim-de-semana tive o prazer de regressar ao Douro e passear por aquela região fértil em paisagens deslumbrantes, como esta em que uma “ilha” emerge no meio de um mar de nuvens.
Ao chegar ao hotel deparei-me com o aviso abaixo, que me deixou em pânico.
Fiquei atrapalhado porque o selo já estava quebrado quando o vi e não tinha como provar que não fui eu a quebrá-lo, mas acima de tudo fiquei extremamente nervoso porque não faço ideia de como iria arranjar dez mil escudos, caso fosse apanhado.
Felizmente correu tudo bem e ninguém me multou ou pediu escudos, e portanto continuamos serenamente até que este anúncio num prédio me captou a atenção.
É impressionante a capacidade edificadora do Homem, capaz de fazer apartamentos com esta dimensão!
Não sei como será viver num T3 mais mil novecentos e sessenta e oito milhões novecentos e quinze mil seiscentos e noventa e quatro, mas acho que são divisões a mais para tão poucas janelas.
Enfim, cada um saberá da luminosidade que necessita para viver e há até quem prefira a luz artificial, mas ainda assim aflige-me pensar no tempo necessário para a limpeza de tantos quartos.
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Eu sempre fui um sítio mau para os meus cabelos viverem.
Nos primeiros anos tratei-os sempre com desdém, ignorei-os, raramente os penteei, suei-os até à exaustão e sujeitei-os a alguns puxões, por entre brincadeiras.
Acho que foi aí que começou a sua revolta, e de tão mal tratados resolveram deixar de me obedecer.
Quando lhes comecei a querer dar forma já era tarde demais, já tinham vontade própria.
Comecei então a subjugá-los à minha vontade, com recurso a químicos durante a adolescência, primeiro com toneladas de gel, depois com tufões de laca, de tudo fiz para os moldar coercivamente.
Como perdia muito tempo com isto e não conseguia um resultado minimamente satisfatório, parti para a radicalidade e comecei a cortá-los rente.
Primeiro não os deixava crescer mais do que três centímetros, depois dois, depois um, até que a ameaça do pente zero se tornou uma realidade.
Foi aqui que a vida para os meus cabelos se tornou verdadeiramente insustentável, e terá sido então que decidiram começar a emigrar.
Consciente desta realidade optei por abrir as fronteiras, e evito até usar bonés nos últimos tempos, para que eles possam partir à vontade, sem barreiras, para o início desta aventura em busca de um futuro melhor em novas cabeças.
É notório o abandono massivo da minha população capilar nos últimos anos, e suspeito que já não vá a tempo de criar condições para o seu regresso – não sei sequer se me apetecia -, por isso só lhes posso desejar boa sorte na diáspora e pedir-lhes que vão dando notícias aos que cá ficam, que são cada vez menos e mais envelhecidos.
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Fim de semana a enfrascar
Passei grande parte deste fim de semana a enfrascar, primeiro no sentido figurado e depois literalmente.
O primeiro contexto foi francamente mais divertido, a enfrascar com amigos num jantar regado também de muitas memórias, cumplicidades, bom humor e muita música.
Acaba-se por ficar com o cérebro dormente, a visão meio turva e a língua ligeiramente encaracolada, mas com a alma cheia e o depósito de saudades descarregado, pelo menos por agora.
O segundo contexto foi muito mais trabalhoso, porém mais produtivo, a ajudar a minha mais que tudo e a sua companheira de criação de sabores a enfrascar (neste caso quer mesmo dizer “pôr algo dentro de frascos”) quase trezentas unidades de doce de castanha com laranja, com parte do resultado a ser visível na fotografia abaixo.
Ficaram bonitos por fora, mas é no interior que reside todo o esplendor desta nova criação da Mão de Borboleta, posso-vos garantir.
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E se um desconhecido de repente entrar num comboio no Entroncamento, com direcção ao Porto, mas a pouco mais de meio da viagem o revisor lhe informar que se enganou e está quase a chegar a Lisboa?
Isso é im… becilidade!
É um cenário que dá a sensação de se ser protagonista de um reality show que se poderia chamar “O Vexame de Aselhas”, onde se é apanhado na maior nequice possível e desmascarado com ironia, como neste caso em que o revisor sugere que “se dirija à bilheteira em Vila Franca de Xira para trocar os bilhetes, e aproveite para perguntar se vendem bússulas”.
Felizmente ainda não cobram pela quantidade de aselhice extra carregada pelos passageiros, porque senão esta pessoa – que obviamente não será aqui identificada – tinha saído dali depenada.
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