Limbo de fim de ano
O Limbo poderá ter várias definições, sendo que uma delas é a de que se trata de um espaço transitório, algo semelhante, numa versão simplificada, a este que vivemos entre o Natal e a passagem de ano, em que tudo está aberto mas nada está verdadeiramente a funcionar, porque estamos num período indefinido que é comummente designado por “festas”.
Há até quem teimosamente continue a desejar ao longo desta semana “boas festas!” a quem se cruza consigo, sem se aperceber que uma das festas já passou, e que portanto deveriam rectificar esses desejos para um simples “boa festa!”.
Outra definição para a palavra Limbo, está associada a uma dança/coreografia/dinâmica de grupo/jogo (parece um código de barras), em que um grupo de pessoas se dispõe em fila perante uma fasquia com o intuito de, um a um, conseguir passar por baixo dela sem a derrubar e sem se desequilibrar, podendo tocar no chão somente com os pés.
É um movimento complicado, onde a dificuldade aumenta à medida que o tempo passa, baixando-se a fasquia gradualmente.
Parece-me que esta é uma boa imagem para ilustrar o País no final deste ano, vergado perante uma fasquia que baixa muito rapidamente, tentando uma manobra de contorcionismo dificílima para não cair e mantendo o esforço de passar para o outro lado sem tocar com as mãos no chão.
Do outro lado está a esperança de um futuro mais folgado, em que se poderá eventualmente andar de cabeça erguida e restabelecer o equilíbrio natural de que tanto necessitamos.
Este é o meu último post deste ano, por isso o aproveito para desejar que cada um de vós consiga, na medida do possível, passar mais uma fase deste Limbo com agilidade, equilíbrio, rapidez, dedicação, entreajuda e graça.
Vemo-nos em 2011, de pé, com força nas pernas e com muito optimismo.
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